A NÁUSEA À PROCURA DA FLOR
Carlos, é agora!
Vamos juntos
De mãos dadas
Você, eu, os Josés, as Marias
Anas, Carolinas
E quem mais quiser ir
Precisamos de todo mundo
Porque eles marcham, Carlos
Ainda mais ferozes do que antes
Com suas botas intolerantes
Esmagando sonhos e pés
É agora Carlos, vamos!
Para onde? Depois saberemos
Sei que ainda estamos
Sem luz, sem discurso
Com pouco riso e utopia
E que a náusea permanece
A sujar nossos olhos
Mas mesmo assim precisamos
Desabrochar estas vozes
Antes que nos arranquem de nós
De vez, até as raízes
Vamos Carlos, agora!
Este é nosso tempo
Esta é a nossa poesia
Estejamos presentes
Geraldo Ramiere
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