A ordem do dia é o ódio
O ódio do que se conhece
E do que é desconhecido
Ódio do que não se respeita
Do que não entende
Da etnia, da classe, do credo
Do gênero, do desejo, da política
Da opinião do outro
Ódio por tudo, contra todos
É o ódio legitimado e admitido
Dos que batem orgulhosos no peito
Com seus corações rancorosos
Todo ódio é meio-irmão do medo
E de mãos armadas e juntos
Sustentam ditaduras, elegem candidatos
Semeiam mentiras, arquitetam assassinatos
Odiosos, guerra após guerra
Desse modo, eu odeio
Tu odeias, eles odeiam
Vós odiais, nós odiamos
E soltando o verbo com ódio
O ódio conjugamos
Num presente preso ao passado
Onde só a intolerância é tolerada
Faca amolada pela fé que cega
Diferente do que dizem
O contrário do ódio não é o amor
Nem seu oposto complementar
Do amor o ódio é ser predador
A quem ataca com fome feroz
Até que restem apenas
Ódios por ódios atocaiados
Que de si próprios tornam-se canibais
Falando do amor, um dia desses
Estava a passear por aí tranquilamente
Vestindo vermelho como sempre
Quando de repente, por uma multidão
Foi xingado e agredido
“Comunista! Petralha! Vai pra Cuba!”
Gritavam enfurecidos, e deles
O amor fugiu esfarrapado e esbaforido
E com tanto ódio em ódio
Para tentar mudar essa ordem
Talvez a gente deveria começar
Retirando um a um cada parasita
Que em todo mundo habita
Esses ódios nossos do dia a dia
Senão no fim seremos simplesmente
Os odiadores de nós mesmos
Geraldo Ramiere
O ódio do que se conhece
E do que é desconhecido
Ódio do que não se respeita
Do que não entende
Da etnia, da classe, do credo
Do gênero, do desejo, da política
Da opinião do outro
Ódio por tudo, contra todos
É o ódio legitimado e admitido
Dos que batem orgulhosos no peito
Com seus corações rancorosos
Todo ódio é meio-irmão do medo
E de mãos armadas e juntos
Sustentam ditaduras, elegem candidatos
Semeiam mentiras, arquitetam assassinatos
Odiosos, guerra após guerra
Desse modo, eu odeio
Tu odeias, eles odeiam
Vós odiais, nós odiamos
E soltando o verbo com ódio
O ódio conjugamos
Num presente preso ao passado
Onde só a intolerância é tolerada
Faca amolada pela fé que cega
Diferente do que dizem
O contrário do ódio não é o amor
Nem seu oposto complementar
Do amor o ódio é ser predador
A quem ataca com fome feroz
Até que restem apenas
Ódios por ódios atocaiados
Que de si próprios tornam-se canibais
Falando do amor, um dia desses
Estava a passear por aí tranquilamente
Vestindo vermelho como sempre
Quando de repente, por uma multidão
Foi xingado e agredido
“Comunista! Petralha! Vai pra Cuba!”
Gritavam enfurecidos, e deles
O amor fugiu esfarrapado e esbaforido
E com tanto ódio em ódio
Para tentar mudar essa ordem
Talvez a gente deveria começar
Retirando um a um cada parasita
Que em todo mundo habita
Esses ódios nossos do dia a dia
Senão no fim seremos simplesmente
Os odiadores de nós mesmos
Geraldo Ramiere
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