PELA PELE
Desses latifúndios de prazeres
Cercados por farpadas epidermes
Invadamos juntos e sem medo
Suas devolutas intenções
Pele a pele, pêlo a pêlo
Descobrindo vontades sob o degelo
Pela pele, pelos poros
O que não se consegue apagar
Quero quereres líquidos e vários
Quero-lhes livres, quero-lhes vastos
Simples, complexos, breves, itinerários
E se eu quiser, chamarei isso de amor
Quero o que queres, e se me quiseres
Tudo que quisermos será normal
Pois nosso desejo é desejo de desejo
Sem raça, gênero, número ou grau
Geraldo Ramiere
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